A sessão realizada na tarde desta terça-feira (4) foi marcada por protestos na Câmara Municipal de Franca (SP). O comparecimento de ex-funcionários do Jornal Comércio da Franca e da Rádio Difusora foi um dos assuntos que gerou discussão entre os parlamentares.
A alegação é de que as empresas não estariam cumprindo os acordos trabalhistas e nem efetuando recolhimento de encargos como FGTS e INSS. O vereador e empresário, Corrêa Neves Júnior, foi o principal alvo das críticas e usou a tribuna da Câmara para falar sobre o assunto.
“É muito duro ter que demitir quem trabalhou 18 anos para você, 20 anos, 22 anos, que quando entrou lá tinha uma fila de 2 anos, que você viu a pessoa comprar carro, construir casa, fazer uma viagem, viajou para congresso, tomou cerveja....é muito duro....mas eu enfrento” desabafou.
Um grupo de funcionários que está efetivado também esteve no plenário e acompanhou a fala do vereador que ainda lamentou sobre a situação econômica vivida pelo grupo de comunicação que nesta semana anunciou novas demissões e a redução da circulação do jornal impresso.
Pouco depois da fala de Corrêa, o vereador Marco Garcia, ocupou a tribuna e disse que “a humildade tem que ser o maior grau da sabedoria, estou lhe dando sim um puxão de orelha porque eu passei por isso, não nesse nível porque a minha empresa era pequena e hoje tem 48 funcionários. Mas é difícil, um revés na vida de um homem é difícil qualquer que seja, então, o que nós temos que fazer é juntar os cacos e pelo que se vê a quantidade de colaboradores que a vossa excelência tem eles que irão te ajudar a subir” disse o parlamentar.
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Em entrevista ao repórter Renato Valim pela Rádio Imperador e portal Pop Mundi, Corrêa Neves, alegou que “eu nunca vi um vereador ser tão combatido por coisas que ele não fez na Câmara, é uma coisa impressionante. Você ser criticado pelos seus atos como vereador, pelas opiniões diversas isso faz parte, pra isso mesmo que existe o parlamento. Mas reiteradas vezes eu sou atacado por um grupo de pessoas, a mando de uma pessoa específica por coisas que não tem nada haver e agora misturaram uma questão da dificuldade que o setor de mídia enfrenta, nós tivemos que fazer algumas demissões no Comércio da Franca, reduzimos a circulação do jornal e isso serviu de mote para um alegado protesto de funcionários prejudicados” acrescentou.
Quando questionado sobre a situação dos pagamentos de salários e acordos, Corrêa disse que “eles vão receber integralmente, aqueles que aceitaram o parcelamento recebem salários de compensação por esse atraso, então tem dois, três, quatro salários pagos a mais para essas pessoas que optaram parcelar, além da manutenção do plano de saúde por até 3 anos pago pela empresa” concluiu.
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