Em São Paulo, mais de 18 mil casos prováveis de dengue preocupam as autoridades de saúde. O estado foi a Unidade da Federação com o maior número de notificações, de acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. De acordo com o levantamento, duas mortes foram confirmadas no estado em decorrência da doença, em Presidente Venceslau e Osvaldo Cruz.
De acordo com a secretaria de saúde paulista, mais de 42% das notificações estiveram concentrados em 10 cidades: Ribeirão Preto, Votuporanga, Catanduva, Potim, Mococa, Guararapes, Lorena, Cruzeiro, Lucélia e São Paulo.
Ao contrário do que aconteceu no ano passado, Franca vem conseguindo reduzir drásticamente os casos da doença. De acordo com os dados passados na tarde desta quarta-feira (12) até o momento são 5 casos confirmados, sendo 4 autóctones (quando a contaminação acontece na própria cidade) e 1 importado (quando a contaminação é em outra cidade).
Os números passados ao jornalismo da Rádio Imperador e portal Pop Mundi revelam que existem 145 suspeitos que dependem dos resultados dos exames. As estatísticas revelam queda expressiva quando comparado 2020 com 2019, nesse mesmo período do ano passado a cidade já tinha 1.300 casos positivos de dengue e 2.900 suspeitos.
Em 2019 foram registrados 4.367 casos com contaminação na cidade e 173 pacientes que foram infectados em outros municípios.
Felipe Granzotti, responsável pela Vigilância Ambiental em Franca disse que "o ano passado a gente enfrentou uma epidemia com altos números de casos positivos de dengue na cidade e a partir desse momento a gente mudou a forma de trabalhar e graças a Deus o trabalho feito desde o ano passado está surtindo efeito agora e a redução de forma significativa".
Ele ainda reforçou que "isso não significa que a gente pode acomodar, de forma alguma e para que consigamos manter os números é continuar a seriedade do trabalho e a intensificação que está sendo feita".
Ouça a entrevista:
Regiões em risco
O superintendente de Controle de Endemias, do estado de São Paulo, Marcos Boulos, estima que, em 2020, a enfermidade tenha maior incidência nos municípios do estado, em comparação com o ano passado.
“A expectativa é que tenhamos em fevereiro e março, níveis mais altos de dengue. Ou seja, a epidemia atrasou um pouquinho. Então, a perspectiva é de que nós teremos um maior número de casos a partir de agora”, disse.
Veja o infográfico:
Em janeiro, o Ministério da Saúde declarou que 11 estados brasileiros correm o risco de sofrer surto de dengue. Além de toda a região Nordeste, a população do Rio de Janeiro e Espírito Santo deve ficar atenta para o possível surto do sorotipo 2 da dengue. O coordenador-geral de Vigilância em Arbovirose do Ministério da Saúde, Rodrigo Said, pede que a população dos estados siga as orientações e entre no enfrentamento ao Aedes aegypti.
“Hoje, mais de 80% dos criadouros do mosquito são domiciliares. Então, a ação de controle é necessária, integrada de atividades do poder público, tanto do Ministério da Saúde, como das secretarias estaduais e municipais, de saúde, aliado as ações de mobilização da população”, ressaltou.