Tio e sobrinho, apontados como autores do assalto que terminou na morte de um policial civil e deixou outro investigador gravemente ferido voltaram a sede da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) em Franca (SP).

O comerciante Flademir Cândido dos Santos, 31 anos, e seu sobrinho, Yuri Weslly Candido Pereira, de 18 anos, foram novamente ouvidos pelo delegado, Márcio Murari, sobre como planejaram o roubo e porque um deles atirou nos policiais.

"Eu já falei o que tinha que falar, e eu atirei porque assustei na hora. Não sabia que eram policiais" afirmou Flademir, durante entrevista na delegacia.

O depoimento é uma das últimas etapas antes da conclusão do inquérito onde os criminosos respondem por latrocínio, roubo seguido de morte. Tio e sobrinho estavam na Cadeia Pública do Guanabara e foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória e devem ficar presos até o julgamento.

O crime

No dia 11 de abril, os criminosos aproveitaram o momento em que dois investigadores faziam o transporte de um malote com R$ 460 mil de uma rede de supermercados na cidade.

Os policiais estavam em uma Renault Sandero quando ao chegar no cruzamento da Rua Dorama com a Rua Santos Dumond tiveram a passagem bloqueada por um Fiat Uno conduzido por Yuri Weslly Cândido Pereira. Em seguida o tio dele, Flademir Cândido dos Santos chego de moto, atirou contra os policiais na cabeça e roubou o dinheiro.

Luis Henrique Zanoelo, de 52 anos, morreu na hora e o motorista, José Carlos da Silva, de 50 anos, foi socorrido em estado grave após ser atingido duas vezes. O policial segue internado no Hospital das Clínicas em Ribeirão Preto.

Após o crime, os autores foram presos durante uma força-tarefa que contou com policiais de várias cidades da região. O dinheiro foi recuperado.