A nova diretora do DRS-VIII (Departamento Regional de Saúde) de Franca, Lucy Lene Juazeiro, esteve presente na manhã de hoje, 13, na Câmara Municipal de Franca, para se apresentar aos vereadores e responder aos questionamentos do Plenário.
Lucy, que foi convidada pelo vereador Pastor Otávio Pinheiro (PTB), tirou dúvidas sobre diversos assuntos, como cirurgias eletivas e medicamentos de alto custo. Ela respondeu as perguntas dos parlamentares Donizete da Farmácia (PSDB), o presidente da Câmara; Pastor Otávio; Marco Garcia (Cidadania); Corrêa Neves Jr. (PSD); Ilton Ferreira (DEM); Nirley de Souza (PP); Pastor Palamoni (PSB) e Adérmis Marini (PSDB).
A diretora explicou que 12 medicamentos de alto custo estão em falta em Franca: Acitretina 10 MG, Acitretina 25 MG, Calcitriol 0,25 MCG, Fenoximetilpenicilina, Fludrocortisona 0,1 MG, Risperidona 3MG, Rituximabe 500MG injetável, Secuquinumabe 150 MG, Sildenafil 20MG, Topiramato 100MG, e Travoprosta 0,04%. No entanto, ela ressaltou que a aquisição e distribuição de alguns deles são responsabilidade do governo federal. “O governo estadual não pode suprir essa ausência do Ministério, por ter as suas próprias atribuições”, afirmou Lucy.
Além disso, a disponibilização de recursos do Ministério da Saúde permitiu a realização de 5.730 cirurgias eletivas adicionais pelo DRS, entre janeiro de 2018 e junho deste ano. Ou seja, foram 318 procedimentos por mês, sendo 227 destes referentes ao município de Franca. Na cidade, os principais prestadores de serviço ao Departamento são o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) e a Santa Casa de Misericórdia.
Indagada sobre as 12 mil pessoas na cidade que aguardam suas cirurgias eletivas, a responsável pelo DRS explicou que o Ministério está analisando a questão do déficit da Santa Casa de Misericórdia de Franca, atrelado à desatualização da tabela SUS (Sistema Único de Saúde). Após essa verificação, o governo federal estudará a possibilidade de incremento de cirurgias eletivas na cidade.
“É preciso um esforço político para tentar aumentar os recursos da Santa Casa e viabilizar a realização das cirurgias”, disse Lucy. “Seria um sonho de consumo zerar a fila. Temos uma comissão que define onde precisamos de mais recurso, mas o cadastro desatualizado dos pacientes, uma responsabilidade dos municípios, dificulta a definição de como está a real demanda”.
Quanto a alimentação parenteral, Lucy esclareceu que as solicitações necessitam de um parecer, que só é emitido em São Paulo. Por causa disso, os processos podem demorar de 30 a 40 dias para ser atendidos.Já com relação a pedidos de ação judicial, o problema pode estar relacionado a pregão vazio (quando não há interessados em participar dos processos licitatórios), mas cada caso apresenta suas especificidades. Lucy, então, se colocou à disposição dos vereadores para verificar os problemas individuais.
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