A procura pelo auxílio emergencial no valor de 600 reais liberado para trabalhadores informais e microempreendedores individuais em razão da pandemia do novo coronavírus superou, em muito, as expectativas do governo. 

A previsão inicial era pagar o benefício a 54 milhões de pessoas, mas, até o último dia de abril, 96 milhões e 900 mil pedidos haviam sido processados pela Dataprev, a empresa responsável por administrar a base de dados do país. 

O total de cadastros analisados inclui pedidos de informais, autônomos, desempregados e MEIs feitos por aplicativo e site, beneficiários do Bolsa Família e pessoas que já estavam no Cadastro Único de programas sociais do governo federal, mas que não recebem o bolsa família.

Desse total, 50 milhões e 500 mil solicitações foram aprovadas, ou seja, atenderam aos critérios da lei e foram considerados elegíveis para receber o benefício. O auxílio foi negado para pouco mais de 32 milhões e 700 pessoas e quase 13 milhões, 700 mil cadastros estão classificados como inconclusivos.

Estes terão a chance de arrumar as informações no aplicativo da Caixa para que as autoridades possam avaliar com mais clareza a situação e definir sobre a possibilidade de pagamento.

Vale lembrar que é preciso cumprir alguns critérios para receber os 600 reais, como ter renda familiar mensal por pessoa de até meio salário mínimo ou renda familiar total de até 3 salários mínimos, que somam 3 mil, 135 reais.

Também não pode estar recebendo benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou outro programa de transferência de renda federal, exceto o Bolsa Família.

Além de outras condicionantes.

Segundo a Caixa Econômica Federal, banco responsável por fazer o pagamento da renda emergencial, desde o dia 9 de abril, quando os depósitos começaram, até o começo da manhã do dia primeiro de abrir, já tinham sido creditados 35 bilhões e meio de reais para um total de  50 milhões de brasileiros.