Funcionários dos Correios realizaram hoje (1) pela manhã mais um movimento no sentido de pressionar pela garantia de benefícios já conquistados em outros acordos coletivos. A greve da categoria foi deflagrada no dia 18 de agosto e está causando efeitos no comércio eletrônico, uma das principais atividades adotadas pelos empresários e micro empresários nesse período de pandemia.
Em Franca, os trabalhadores se reuniram no Centro de Distribuição na rua Antônio Bernardes Pinto. A Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares) afirma que 75% do setor aderiu à paralisação, enquanto a própria estatal diz que a porcentagem é baixa.
Os funcionários dos Correios reinvindicam direitos garantidos que teriam sido retirados a partir de agosto e afirmam que a estatal não reconhece, desde o início do mês, o acordo coletivo que estaria vigente até 2021. Já a empresa reitera que vem fazendo mutirões nos fins de semana para entrega de cartas e encomendas e que a questão da greve está em juízo e será resolvida pelo Tribunal Superior do Trabalho.
Em entrevista ao repórter André Poeta pela Rádio Imperador e portal Pop Mundi, Kelner Santiago, representante do sindicato da categoria, disse “Não é para pedir aumento significativo no salário, mas para manter os benefícios da categoria que foram conquistados ao longo do tempo”.
Ele lembrou que entre os benefícios retirados estão "é importante ressaltar que são benefícios como nosso vale alimentação, vale creche para a trabalhadora dos Correios, trabalhadores que têm filhos com necessidades especiais também foram cortados disso e o nosso convênio médico também que por decisão era 70% da empresa com custeio e 30% funcionários, e que com essa decisão recente ficou 50% para empresa e 50% para funcionários”.
Ouça a entrevista: